Mitos e verdades sobre saltar de paraquedas
Não deixe que mitos te impeçam de saltar de paraquedas; saiba o que é fato e o que é fake!
Mesmo que o paraquedismo seja o esporte radical mais popular do mundo e que existam vários protocolos que asseguram a integridade física dos praticantes, ainda há muitas dúvidas e falsas crenças que impedem muitas pessoas de conhecer essa atividade.
Em meio a fake news, senso comum equivocado e até mesmo informações baseadas em ficções hollywoodianas, saltar de paraquedas ainda causa medo e muita gente acaba não vivendo uma das experiências mais fantásticas do mundo.
Para acabar de vez com mentiras e preocupações infundadas, veja a seguir os principais mitos e verdades sobre saltar de paraquedas!
Todos pulam com paraquedas reserva?
Verdade! Mesmo que os paraquedas sejam devidamente inspecionados antes do salto para assegurar que estão funcionando direitinho, todos os paraquedistas pulam com um reserva.
Isso serve para garantir que as pessoas pousem em segurança mesmo em caso de falhas no paraquedas principal. É muito raro que isso aconteça, mas é como diz o ditado: é melhor prevenir do que remediar!
Saltar de paraquedas é muito perigoso?
Mito! Embora saltar de paraquedas tenha seus riscos como qualquer outro esporte, não é nem de longe o mais perigoso. Esse título fica com o BASE jump, que consiste em saltar de lugares inusitados, como penhascos, montanhas e prédios.
De acordo com o estudo Recreational Skydiving—Really That Dangerous? A Systematic Review, a incidência de fatalidades no paraquedismo nos Estados Unidos é inferior a uma morte a cada 100 mil casos. A taxa baixíssima só existe graças aos equipamentos e técnicas modernas usadas hoje em dia.
Desde que o salto de paraquedas seja feito com profissionais experientes e que seguem todos os procedimentos de segurança necessários, não há motivos para se preocupar.
Existem diferentes tipos de paraquedas?
Verdade! Existem dois tipos principais de paraquedas:
- Retangular: com formato semelhante às asas de um avião, é o paraquedas ideal para manobras de alta performance por oferecer segurança e alta precisão; utilizado no paraquedismo recreativo.
- Redondo: não oferece propriedades adequadas para manobras, mas é muito indicado para o transporte de cargas; é muito comum em missões militares, geralmente como estratégia de emergência.
É possível conversar durante a queda?
Mito de Hollywood! Alguns filmes mostram as pessoas falando em plena queda livre, como acontece na famosa cena do clássico Caçadores de Emoção, de 1991, quando os personagens de Patrick Swayze e Keanu Reeves conversam após saltar do avião, mas isso é pura ficção!
Ao saltar de paraquedas, a velocidade média do vento é de 193 km/h, ou seja, forte o suficiente para ser humanamente impossível falar e muito menos manter uma conversa.
Caso seja necessário se comunicar durante a queda – antes da abertura do paraquedas –, os praticantes se comunicam através de sinais específicos.
Paraquedistas novatos, no entanto, não precisam se preocupar com isso porque fazem o salto duplo, uma modalidade em que pulam do avião junto a um paraquedista experiente e qualificado.
O paraquedas abre automaticamente
Verdade! Existe um dispositivo que garante a abertura do paraquedas reserva mesmo que ele não seja acionado manualmente.
É o Dispositivo de Abertura Automática, chamado de DAA. Ele é um velocímetro e altímetro digital que consegue calcular a altitude e velocidade para determinar a altura mínima em que o paraquedas deve ser aberto.
Os paraquedistas sabem a hora de acionar o paraquedas com a ajuda de um altímetro preso ao braço esquerdo que mostra a altitude em tempo real.
Também existe um modelo que fica preso ao capacete, emitindo um alerta sonoro quando chega a hora certa de abrir o paraquedas.
Caso esses métodos falhem, o DAA toma a frente e garante que todos cheguem no solo em uma descida suave e sem contratempos.
O dispositivo foi inventado nos anos 1960 pelo laboratório Harry Diamond, pertencente ao exército dos Estados Unidos. Ao comprovar as propriedades de segurança da tecnologia, os soldados logo passaram a utilizá-la em suas missões de campo.
Não dá para respirar durante a queda
Mito! A altura básica do salto fica entre 8 e 12 mil pés, o que significa que há bastante oxigênio para respirar sem problemas ao saltar de paraquedas.
O que acontece é que, em meio à adrenalina e a euforia da queda, é possível que a pessoa tenha a sensação de respirar com um pouco mais de dificuldade, ainda mais para quem está saltando pela primeira vez.
Outro ponto é que é normal que as pessoas gritem enquanto estão caindo, permitindo que o vento entre rapidamente pela boca, o que dificulta a respiração.
A solução é muito simples: basta manter a cabeça levantada e os olhos fixados no horizonte. Assim, a força do vento vai atingir o pescoço, deixando as vias aéreas livres.
Mas fica o alerta: antes de agendar o salto de paraquedas, é importante verificar as condições de doenças (crônicas ou não) que possam obstruir as vias nasais ou causar problemas na respiração.
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